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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Efemeridade e afins

Tenho uma atenção exacerbada quando o assunto é datas. Não que seja uma fixação sem porquê, mas apenas algo que que guardo delicadamente na memória por motivos diversos. Os dias relevantes que passam deixam uma marca associada sentimento/época e são arquivados. Quanto dá saudade é só procurá-los para vivê-los como um quase-como-se-fosse-hoje-mas-não-é. Pena que a memória não é seletiva, antes fosse. Com isso às vezes vem a culpa ou o mal pressentimento. Dias ruins também são guardados. E quando a data deles chega surge um nó na garganta. Tudo o que tinha pra ser um dia comum passa a ser um reflexivo. Com ênfase no reflexivo. Isso desde que trauma, antes muito grande, chegue um dia a ser banal. Parece óbvio que tudo em excesso fica banalizado, mas pouco se pensa a respeito. Dores aparentemente eternas são atenuadas. A música favorita ouvida infinitas vezes enjoa. O erro imperdoável feito novamente parece perder sua gravidade para quem o cometeu. Juras de amor se perdem. A gente se exime da culpa. Por outro lado as coisas boas quando pegas da gaveta do arquivo imaginário deixa um "quê" de nostalgia. Engraçado que o sentimento infinitamente bom da lembrança se mescla com a saudade, que nem sempre é boa com os pobres mortais. A data se aproxima, a maior prova de que o ciclo foi cumprido. A indagação do que estará acontecendo futuramente quando se recorda do momento presente surge. E a vida não permite ensaios.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Última chamada para casa

Tempo contado para se chegar sem saber o caminho. Duas universitárias à espera de que ele se trace por si só. Risadas intercalam o nervosismo e descobertas de becos em lugates aleatórios. Nosso guia calmo e confiante, a pessoa mais solícita do mundo. Ao se chegar no famoso lugar-onde-ninguém-sabe-onde fica ainda se teve oportunidade de jogar conversa fora. Assuntos banais nos fazem esquecer que a cerca de 1 mês atrás nos matávamos. Incrível como se briga com quem de fato se gosta. Já foi me dito que até para brigas é necessário certa intimidade, fato que considero quase uma verdade absoluta. Cobrar atitudes de alguém só faz sentido quando é sabido do que ela é capaz assim como seus valores de certo e errado. Principalmente saber como funciona, como lidar. As dificuldades surgem com elevada potência justamente por se tratar de pessoas, com telencéfalo desenvolvido e polegar opositor e todas aquelas coisas que a gente sabe. Imprevisibilidade. E ciúmes de amigos então?? Ooo sentimentozinho mais instável e traiçoeiro. Me controlo. Brigo. Sinto tudo de novo e insisto. Sofro e logo estamos nós rindo de tudo e todos outra vez. Tudo isso porque são os verdadeiros amigos que tenho. Tudo que tenho pra se ter agora.